Clovis Graciano nasceu na cidade de
Araras (SP), em 1907. Descendia de imigrantes italianos e logo aos 12
anos ficou órfão. Sobreviveu enquanto órfão graças a sua humildade em
desempenhar as mais diversas funções. Descobriu seu talento artístico
desenhando desde jovem no grupo escolar.
Seu primeiro emprego como artista
foi de pouco valor para o talento que o mesmo possuía. Na estrada de
ferro, sua função era pintar os postes e tabuletas para a ferrovia.
No ano de 1934 foi transferido para
São Paulo, como fiscal de consumo. A partir do momento que foi
transferido, Clovis Graciano passou a dividir seu tempo entre emprego e
arte dando visível preferência à arte tanto que, 10 anos depois, foi
demitido por abandono de emprego.
Seu contato com as obras de Portinari
aconteceu graças a um ex-colega de pensão que lhe enviou alguns
trabalhos do mesmo no início de sua carreira. Graciano passou a
freqüentar também o ateliê Waldemar Costa onde absorveu muitos
ensinamentos.
Do desenho, logo passa à aquarela, e
daí ao óleo. Seguiu, como aluno livre, o curso de desenho da Escola
Paulista de Belas Artes. Anos mais tarde, Graciano tornou-se membro do
Grupo Santa Helena. Era um grupo de pintores artesãos, que procuravam
reformar a pintura acadêmica, e havia uma troca de conhecimentos entre
todos eles: Volpi, Rebolo, Bonadei, Pennacchi, Tomás Santa Rosa, dentre
outros.
Realizou sua primeira exposição em
1937, no Pará, com outros integrantes do Grupo Santa Helena. Do Grupo,
passara à Família Artística Paulista (da qual seria presidente em 1939) e
ao Sindicato dos Artistas Plásticos, participando regularmente de suas
exposições.
Mas só em 1941 fez uma individual, no
Centro Paranaense em São Paulo: desenhos a nanquim, guaches e
monotipias, de vez que só em 1943 exporia suas primeiras pinturas a
óleo. No ano seguinte participou de um concurso de desenho promovido
pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, recebendo o
primeiro prêmio.
A partir de 1940, expondo no Salão
Nacional de Belas Artes (Divisão Moderna), recebe sucessivamente menção
honrosa em pintura (1940), medalha de prata em desenho (1941), medalha
de ouro em pintura (1941). Recebeu o prêmio de viagem ao estrangeiro no
ano de 1944. Morreu em São Paulo em 1988, com 81 anos.
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