quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GÊNGHIS KHAN E O IMPÉRIO MONGOL



O império mongol de Gêngis Khan e seus descendentes foi o maior em extensão de que se tem notícia, indo do Oceano Pacífico ao Mar Cáspio. O mais incrível é que foi conquistado por Khan e seus sucessores em apenas 75 anos.

Os mongóis de Gêngis Khan era um povo disperso geograficamente, que não conhecia a escrita, não conhecia a agricultura, comia carne crua e viviam reclamando dos piolhos. Ou seja, era um povo considerado incivilizado até para os padrões da época.

Gêngis Khan não é um nome, mas um título cujo significado seria algo como “soberano supremo”. Mas…

Gêngis Khan era mais conhecido entre os mongóis como Cinggis Khan, título que significa “chefe oceânico”.

O nome verdadeiro de Gêngis Khan era Temudjin.

Temudjin nasceu em uma Mongólia dividida em clãs, cada um governado por “cã” (senhor) que impunha-se tanto pela descendência nobre como pela mais pura força.

A Mongólia era habitada por diversas tribos: quirquizes, oirates, merquitas, tártaros, caraítas e mongóis. Havia também uma grande diversidade religiosa (de muçulmanos a budistas e tribos xamânicas).

O pai foi assassinado pelos tártaros quando Temudjin contava apenas nove anos de idade. Curiosamente, foi entre os tártaros que Gêngis Khan recrutou boa parte de seus guerreiros.

Os mongóis sempre foram cavaleiros e arqueiros habilidosos. Até hoje, as artes da montaria e do arco e flecha são valorizados pelos descendentes de Gêngis Khan.

Chamar o exército mongol de cruel é pouco. Com exceção dos homens mais habilidosos e com funções que podiam ser úteis para o império, eles matavam quase todos os habitantes das cidades conquistadas. A população de Bukhara, no atual Usbequistão, foi massacrada. O mesmo ocorreu em Samarcanda, Heart e Ghazni. Em Bagdá (Iraque) e Delhi (Índia) quase todos os habitantes foram mortos (detalhe: na época, elas contavam cerca de 100.00 habitantes, cada uma).

Depois destruir, Gêngis Khan planejava a reconstrução. Se toda a população de uma determinada cidade era morta, ele mandava buscar pessoas que os substituíssem.

Reza a lenda que todas as pessoas envolvidas no enterro de Gêngis Khan foram assassinadas para que ninguém descobrisse o local onde o líder foi enterrado. De fato, ninguém sabe onde repousam os restos mortais do antigo Gêngis Khan.

Os descendentes de Temudjin mais conhecidos foram Ogedei, Guyuk, Mogka, Kublai e Tamerlão.

Um dos poucos países a escapar da fúria mongol foi o Japão. Kublai Khan tentou invadí-lo duas vezes, mas sem sucesso. As forças navais mongóis, apoiadas por construtores e soldados chineses e coreanos, não conseguiram vencer o mar e as tempestades que isolavam o Japão do grande império erguido por Gêngis Khan.

O alfabeto mongol começou a se desenvolver logo após o início das campanhas de Gêngis Khan, influenciado por tribos dominadas como os uigures.

Os mongóis tem orgulho de seu passado guerreiro e seu antigo líder Gêngis Khan. Tanto que existem inúmeras estátuas de Gêngis em Ulan Battor, capital do país (uma delas em frente ao prédio do Parlamento). A maior é uma estátua equestre situada a cerca de uma hora da capital. A estátua mede 40 m e pesa 250 t. Custou US$ 4,1 milhões aos cofres do governo mongol.

Estudos realizados em 2002 revelaram que 8% da atual população do império mongol é descendente de Gêngis Khan.

Entre o final dos anos 70 e início dos 80, existiu um grupo brasileiro de música pop chamado Gêngis Khan. Um de seus maiores sucessos foi uma canção chamada… Gêngis Khan.

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