segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Niels Bohr

Bohr, Niels (1885-1962), físico dinamarquês que fez contribuições fundamentais para a física nuclear e para a compreensão da estrutura do átomo.
Bohr nasceu em Copenhague, em 7 de outubro de 1885, e estudou na Universidade de Copenhague, onde recebeu seu doutorado em 1911. No mesmo ano, foi para a Universidade de Cambridge, na Inglaterra, para estudar física nuclear com J. J. Thomson, mas logo transferiu-se para a Universidade de Manchester, para trabalhar com Ernest Rutherford.
A teoria atômica de Bohr, pela qual recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922, foi publicada em diversos artigos entre 1913 e 1915. Seu trabalho partiu do modelo atômico de Rutherford, segundo o qual o átomo é formado por um núcleo compacto cercado por uma nuvem de elétrons mais leves. O modelo de Bohr fez uso da teoria quântica e da constante de Planck, para estabelecer que um átomo emite radiação eletromagnética apenas quando um elétron salta de um nível quântico para outro. Esse modelo foi fundamental para os desenvolvimentos futuros da física atômica teórica.
Em 1916, Bohr voltou à Universidade de Copenhague como professor de Física, e em 1920 foi nomeado diretor do então recém-criado Instituto de Física Teórica. Lá, desenvolveu uma teoria relacionando os números quânticos a sistemas que seguem as leis da física clássica, e fez outras contribuições importantes à física teórica. Seu trabalho ajudou a formulação do conceito de que os elétrons se organizam em camadas e que os elétrons da camada mais externa determinam as propriedades químicas do átomo.
Em 1939, reconhecendo o significado dos experimentos dos cientistas alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann com a fissão nuclear, Bohr convenceu físicos presentes a uma conferência nos Estados Unidos da importância daqueles experimentos. Mais tarde, demonstrou que o urânio 235 é o isótopo de urânio que pode ser submetido a fissão. Voltou à Dinamarca, onde foi forçado a permanecer pelos nazistas que ocuparam o país em 1940. Mas depois fugiu para a Suécia e, de lá, para a Inglaterra e, finalmente, os Estados Unidos, onde integrou a equipe que trabalhou na construção da primeira bomba atômica, em Los Alamos (estado do Novo México). Bohr opunha-se, no entanto, a que o projeto fosse realizado em segredo e desejava que fosse submetido a controle internacional. Em 1945, finda a Segunda Guerra Mundial, voltou à Universidade de Copenhague, onde imediatamente começou a trabalhar para promover o uso pacífico da energia nuclear. Organizou a primeira Conferência Átomos para a Paz, realizada em 1955, em Genebra. Morreu em Copenhague, em 18 de novembro de 1962.

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